terça-feira, 2 de julho de 2013

O adeus

E fizestes do meu coração tripas
Pois visceralmente encantei-me ao ver-te
Mas apelo ao meu ego másculo
E busco em outros corpos a tua sedução

O gosto de outros beijos para saciar minha sede
O tocar de peles para aquecer-me
As mais doces palavras para acalentar-me
Outros olhos para fitarem-me

Teus cabelos como os de um querubim
Angelical sem tirar nem pôr
Encantou meu coração pagão
Que outrora não tinha tal crença de amor

Hoje não amo-te mais
Apenas te quero
Quero-te visceralmente, ao ponto de amar-te talvez
Não obstante, talvez

Esqueça-me assim como esqueci-me de ti
Faça como se o vento soprasse em uma só direção
Como se o ano inteiro fosse feito só de Verão
Como se o Carnaval durasse doze meses

Tenha em mim um velho amigo
Que encontrarás e darás um forte e terno abraço
Quem sabe um beijo
Quem sabe, um adeus