Busco inspiração
Olho fotos suas ao som de uma música
Aquela velha balada que tanto embalou
Milhares de corações apaixonados
Aumento o som, no último volume
Justamente no refrão
Onde minha dor é insuportável
E quero que meu pranto confunda-se com meu cantar
Nas mais remotas das minhas lembranças
Guardo ainda a figura de uma menina
Que cativou meu coração
E agora faz dele um circo onde sinto-me o palhaço
Palhaço para essa imensa multidão
Que assisti-me e dá boas gargalhadas
"Olha que tolo!" - Diz o pai para os filhos
"Que tolo, que tolo!" - Dizem os filhos para o pai
Já tentei tornar-me o domador
Infrutífero
Tentei ser o homem bala para desaparecer diante dos olhos
Infrutífero
Será que resta-me ser assistente de mágico
Para que este faça uma magia e eu desapareça
Serei eu mais tolo ainda
Ao acreditar que magia existe
Ou seria eu tolo por acreditar no amor
Na longevidade da paixão
Ao tornar-se no sentimento mais nobre
E cordial que existe, ou não
Falta-me inspiração
Inspiro, para ver se vem do coração
Algo além de paixão
Alguma ação